O garfo oneroso (Futebol ou voleibol?) (Poema AFE 622)

Ferroviária 0X0 Ponte Preta
Cinco horas da tarde, triste idéia,
Em dia de trabalho, é bem sabido
Que há público na Fonte reduzido
Por ver a AFE que ali se estréia.

No campo vê-se a mesma panacéia:
Passes errados, jogo pouco havido,
O careca de novo decidido
A dar pífias diante da platéia;

Mas há certa notada melhoria
Do time, mais audaz e operoso,
Agredindo o rival com valentia

Até que nos descontos, da porfia
O garfo do juiz faz-se oneroso
A não marcar penalty escandaloso.

Esclareça-se: Já aos 93 minutos de jogo, primeiro há uma discussão entre o Diogo e o Felipe Mateus para decidir quem vai apontar um livre frontal à meta da Ponte Preta. Coisa feia, que o treinador não devia aceitar, se é que tem voz ativa. Este último faz a cobrança e o atleta Tiago Real (salvo erro), ao lado da barreira, e dentro da área da “macaca”, intercepta a trajetória do esférico com um soco, num penalty escandaloso que o árbitro ignora, talvez porque pensava que estava a arbitrar um jogo de voleibol. Uma vergonha, mais inadmissível ainda porque o roubo ocorre em plena Fonte em prejuizo da AFE.
Sabemos que é sempre assim, mas atenção: São dois pontos que vão para a “corda do sino” e que vão fazer falta na contabilidade final. Com a palavra os dirigentes afeanos.

Antonio Carneiro (Bélier)
V.N.Gaia – Portugal
24/01/2019