Era uma vez um tempo em que quase não existiam promessas impossíveis de cumprir.A gente desejava a Lua e lá estava ela pintada no papel!Um tempo em que a vida parecia ter mais vida, com menos hipocrisia dissimulada.Um tempo com mais gente de verdade.Tempo de ‘bença’ pai e ‘bença’ mãe!Tempo de fortalecer os elos de amor em volta de um fogão à lenha, as batatas doces assando para depois deixar o estomago cheio e o coração contente… Conversas na calçada esperando o anoitecer;As crianças brincando aqui e ali.Que novela que nada!A vida real era contada ali, com as gentes sentadas nas cadeiras sob o luar.Não era tempo de depressão, ainda se fazia a massa do macarrão e as roupas eram colocadas pra quarar.Era uma vez um tempo quem que parecia que o corda do relógio era lenta, lenta e pois o tempo parecia não passar.A gente demorava a crescer.Não havia tanta coisa triste para a gente chorar.Dia desses uma moça bonita contava que seu pai adorava música e reunir os amigos sempre era uma grande festa.E como era delicioso o ele a fazia dançar? ele a fazia subir em cima de seus sapatos e assim ela podia imaginar que sabia valsar.E assim rodopiava pela sala sendo levada através dos passos do pai.Essa lembrança a cobre como um cobertor num dia frio, a aquece como uma xícara de leite, café ou chocolate quente.Esse tempo que ficou congelado no tempo de sua memória faz com que lágrimas boiem em seus olhos, lágrimas sim, mas não de tristeza, mas não de tristeza…