Ismael – Recuperado pela Ferroviária, chegou ao topo do mundo!

Ismael Mafra Cabral iniciou sua carreira como centro-médio do Clube Atlético Juventus em 1955. Aconselhado pelo treinador Alfredo Gonzáles, foi atuar na lateral direita do “Moleque Travesso”, e, em seguida, se transferiu para o XV de Piracicaba, onde teve uma passagem curta, durante o serviço militar, que serviu na cidade de Pirassununga.

Voltou para a capital paulista para defender as cores da Sociedade Esportiva Palmeiras. Seria a grande oportunidade de sua carreira, se não fosse uma fratura na clavícula, que o deixaria afastado dos gramado durante um longo período.

Se transferiu para a Ferroviária em 1959, envolvido numa negociação com o arqueiro Rosan. Além de Ismael, o centroavante Parada também foi liberado pelo alviverde para atuar na equipe araraquarense.

E foi a partir daí que Ismael começou a mostrar seu verdadeiro valor. Já em seu primeiro ano defendendo as cores grená e branco, o jogador recebeu o troféu Carlos Joel Nelli, da TV Gazeta, concedido aos melhores jogadores da temporada em cada posição.

Atuando ao lado de craques como Rodrigues, Dudu, Bazani, Peixinho, Parada, Benny, entre outros, seu futebol chamou a atenção de um dos melhores times do mundo na época: o Santos Futebol Clube. Assim, Ismael foi vendido a equipe da baixada santista, para novamente ser considerado o melhor da posição nas temporadas de 1962 e 1964.

Entretanto, foi em 1963 que Ismael conquistou o maior título de sua carreira. Na histórica decisão do título de campeão mundial interclubes contra o Milan, no Estádio do Maracanã, Ismael ajudou o alvinegro praiano na conquista do Bi-Campeonato. Ismael ainda atuou no Fluminense, São Paulo F. C. e no Coritiba, onde encerrou a carreira.

Após a aposentadoria, tentou a carreira de técnico, mas não conseguiu o mesmo êxito que obteve dentro de campo. Também foi corretor de imóveis na grande São Paulo. Faleceu em 15 de Janeiro de 2009, na casa de idosos Nova Morada, em Santo André, no ABC paulista.

Orgulhosos, os afeanos que o viram jogar jamais se esquecerão daquele jogador cuja carreira teve na Ferroviária seu recomeço, se transformando em um dos laterais mais vitoriosas do futebol brasileiro.