Futebol Interior!
Foto:Ferroviária SA.
A CBF suspendeu as competições nacionais em 15 de março. Na ocasião, somente a Copa do Brasil, o Brasileirão Feminino e torneio sub-17 estavam em disputa. A entidade ainda deixou livre para as Federações decidirem quais estaduais também parariam ou não. Ficou definido que a Confederação aguardaria a posição do Ministério da Saúde para tomarem a decisão de quando retornar.
No momento, todos os Estados seguem adotando a medida de isolamento social. O Governo Federal e o Ministério da Saúde até ensaiam uma flexibilidade da quarentena, mas isso até o momento ainda não chegou a eventos esportivos e outras atividades sociais que envolvam aglomerações.
Esta situação certamente vai empurrar a Liga até o final de dezembro ou quem sabe até mesmo para 2021, pois no mínimo ainda terá que dividir datas com a Copa do Brasil e a Copa Libertadores.
No entanto, isso não seria exatamente uma novidade no país. O caso mais extremo foi em 1977, quando o Campeonato Brasileiro daquele ano começou somente em setembro e foi decidido em 1978.
Em 1986, novamente o campeão foi conhecido no ano seguinte, desta vez, adiado por causa da disputa da Copa do Mundo daquele ano.
Em 1987, o problema ocorreu devido a criação de um confronto entre os campeões do Módulo Verde (organizado pelo clube dos 13) e os vencedores do Módulo Amarelo (feito pela CBF). Oficialmente a disputa só acabou em janeiro de 1988, quando a Confederação Brasileira entendia que deveria ter um confronto entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani, em uma confusão que gera polêmica até hoje.
Já o caso mais recente foi em 2000. Na ocasião, a final seria em 30 de dezembro, porém, no meio da partida parte da grade de separação do Estádio São Januário caiu, deixando centenas de feridos no gramado. A decisão então acabou ocorrendo somente em 18 de janeiro de 2001.
Muito especula-se também sobre uma mudança de formato, com inclusive a volta do sistema mata-mata, que ocorria até 2002. No entanto, esta decisão significaria menos receita para os clubes, tanto de bilheteria, como também de verba de televisão, afinal, seriam menos partidas para a emissora que transmite a competição pagar.
Algo que certamente os times não concordariam, levando em consideração que os mesmos já afirmam passar por dificuldades financeiras devido a esta pausa atual.
Além disso, até o momento, a possibilidade ainda é descartada internamente na Confederação Brasileira de Futebol, conforme afirmou o secretário-geral Walter Feldman.
O que já foi decidido
Até o momento a única definição ocorreu na Série B, quando um acordo coletivo determinou férias de 20 dias para os jogadores a partir de 1 de abril. Ainda no comunicado foi informado que caso a pause dure mais tempo os atletas terão redução de 25% no salário. Isso serve como um indicativo do que pode vir a acontecer na Primeira divisão.
