Nesta quinta-feira, a FPF se reunirá com os clubes para alinhar a retomada do Paulistão
Agência Futebol Interior
Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, sinalizou de forma positiva com o protocolo apresentado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Com isso, o Paulistão retornará no dia 22 de julho.
“Nosso comitê de saúde aprovou em conjunto com a assistência médica da Federação Paulista de Futebol para o novo protocolo do Campeonato Paulista de Futebol. Jogos deverão ocorrer obrigatoriamente em cidades que estejam fase amarela do plano São Paulo e sem presença de torcida”, disse Doria, que completou.
“No dia 22 de julho acontecerá a primeira rodada desta etapa final do Campeonato Paulista. O Paulistão foi paralisado faltando seis rodadas para a final, duas na primeira fase, uma nas quartas, uma na semifinal e duas da decisão. Previsão que a final seja disputada possivelmente no dia 8 de agosto, sábado. No dia seguinte, ao que tudo indica, começa o Campeonato Brasileiro.”
Por fim, falou dos protocolos a serem seguidos. “Em junho, o Governo preparou todos os protocolos e entregou para a Federação e para os clubes. As equipes precisaram fazer testes regulares em jogadores e comissão técnica para voltarem aos treinos. O protocolo estabeleceu uso de máscara, medição de temperatura e limitação de pessoas. A Federação agiu de forma correta e plena, atendendo o centro de contingência da Covid-19. Parabenizar o presente (Reinaldo Carneiro Bastos) por ter seguido de maneira correta o que foi estabelecido.
Doria confirmou o retorno do Campeonato Paulista
PROTOCOLO LIBERADO
“O Centro de Contingência não teve muito trabalho de avaliar o protocolo da FPF pela alta qualidade do ponto de vista sanitário do documento. Foi feito o relatório pelo Doutor Medina e foi aprovado por unanimidade. Estamos lidando com risco de contágio baixo dos atletas, funcionários e comissão técnica, até pela frequência de testagem e monitoramento e um impacto baixo da saúde dos atletas por terem ótima condição física e não apresentam aqueles fatores de risco para complicações caso haja infecção pela Covid-19”, disse o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes.
“Protocolo é complexo e muito bem detalhado. Achamos adequada a proposta e recomendamos que os jogos sejam em estádios localizados em zona amarela”, concluiu.
FEDERAÇÃO
“Em nenhum momento faltaram atenção, diálogo e harmonia, entre o futebol de São Paulo, clubes e autoridade do Estado e Municipais. Futebol em São Paulo vai continuar respeitando vidas e cumprindo rigorosamente os protocolos apresentados. Tenho a convicção que vamos continuar junto e dando o exemplo, sempre preocupados com a saúde de todos os envolvidos durante este retorno com segurança”, disse Reinaldo Carneiro Bastos.
“Quero aproveitar e pedir para para o General Campos o apoio preventivo para evitar a aglomeração dos torcedores aos arredores do estádio. Vamos fazer uma divulgação em massa alertando que não será possível os torcedores irem às portas dos estádios. Vamos trabalhar em conjunto para sermos preventivos, pois não haverá venda de ingressos”, completou.
“Decisões não foram técnicas ou financeiras, foram decisões preservando vidas. Futebol deu exemplo. Mostrou a sociedade o papel que tem que cumprir”, finalizou o vice-presidente Mauro Silva.
PRESSÃO!
Doria vinha sofrendo pressão para retomada do futebol no Estado desde sua declaração ‘proibindo’ a realização do Campeonato Brasileiro, com data prevista para começar no dia 9 de agosto, antes do término do Paulistão. Desde então, vem sendo rebatido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Com a liberação por parte do governador, a FPF se reunirá nesta quinta-feira com os clubes participantes do torneio para alinhar a retomada do torneio, que precisará de seis rodadas para ser encerrado, com jogos de quarta e domingo.
A final, inclusive, gerou certa polêmica, pois irá acontecer no dia 8 de agosto. No entanto, isso já foi debatido e resolvido entre os presidente Reinaldo Carneiro Bastos (FPF) e Rogério Caboclo (CBF).