Texto: Wilson Silveira Luiz
Neste período de “vacas magras” no que respeita aos acontecimentos em geral, incluindo o esporte, aproveitamos para relembrar fatos importantes da trajetória da “setentona” Associação Ferroviária de Esportes.
O tricampeonato do interior de 67/68 e 1969, é uma das partes mais gloriosas da AFE. Naquele tempo, eram 20 clubes, todos jogando contra todos em dois turnos. Era um verdadeiro campeonato e não as enganosas disputas hoje comandadas pela Televisão.E o Clube do Interior, excluídos o S Paulo, o Corinthians, o Palmeiras e a Portuguesa de Desportos, que ficasse a frente dos demais da mesma categoria, era proclamado Campeão do Interior.
Hoje em dia, a Federação promove um “torneiozinho de araque”´para apontar um campeão. Pura enganação. A foto que ilustra NA MOLDURA de hoje, é a capa da tabela do segundo turno do Campeonato Paulista de 1967. Lembrando que a AFE caiu em 1965 e uma semana após essa queda, diretores da época, promoveram uma importante reunião nas dependências do Clube Araraquarense na Avenida Dom Pedro.
Eu era correspondente oficial da AFE, em São Carlos (todos sabem que eu vivi alguns anos na Cidade Sorriso). Naquela reunião senti de perto a fibra de uma verdadeira Diretoria. VAMOS VOLTAR ERA A PALAVRA DE ORDEM. E a AFE cumpriu “cem por cento” o que foi prognosticado no referido encontro. Nessa “capa de tabela”, aparecem os nomes dos componentes da Equipe Dona da Praça, da então e saudosa Rádio A Voz da Araraquarense. Dorival Arlindo Falcone, Ivan Roberto Dameto Peroni, Wagner José Bellini, Adilson João Telarolli, Geraldo Polezze, Paulo Rodella e Oswaldo Romio Zaniolo, além deste colunista na função de narrador. As transmissões eram feitas em conjunto com o Jornal Diário da Araraquarense. E foi um suceder de campanhas memoráveis nos anos seguintes 1968 e 1969.
E teve também nesse período uma fantástica digressão afeana por gramados de vários países das Américas. Na comemoração dos seus 70 anos em plena “pandemia”, resta-nos lembrar desses fatos históricos e que ilustram sobremaneira a trajetória daquela que foi a “Academia do Interior” e “Maior potência poliesportiva do Interior brasileiro”.
Parabéns Ferroviária. Você mora no nosso coração.